Dados do Trabalho
Título
PREVALÊNCIA E IMPACTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL NAS MACRORREGIÕES DE SAÚDE DE RONDÔNIA: ANÁLISE
Introdução e/ou fundamentos
A hipertensão arterial, ou pressão alta, é uma condição crônica caracterizada pelo aumento da pressão sanguínea nas artérias. Se não tratada, pode levar a graves complicações, como infartos, derrames, insuficiência renal e até mesmo a óbito. Fatores como idade, genética, obesidade, sedentarismo e hábitos alimentares inadequados podem contribuir para o agravamento dessa patologia
Objetivo(s)
Estudar a morbimortalidade por hipertensão arterial e a prevalência nas internações hospitalares na rede pública de saúde de Rondonia, entre os anos de 2014 e 2023.
Métodos
Estudo retrospectivo, descritivo e quantitativo, com utilização de dados secundários (SIH/SUS) DATASUS, pertencentes aos casos de internação por hipertensão arterial em Rondônia, período de 2014 a 2023.Variáveis utilizadas município/macrorregiões em saúde, sexo, idade, cor/etnia, custos e óbitos, com exclusão de outras variáveis que não se enquadraram nos critérios pré-estabelecidos
Resultados
A hipertensão arterial representou um significativo problema de saúde pública na região, com 13.719 internações registradas no período, apresentando crescimento contínuo a partir de 2020. A macrorregião de Cacoal concentrou a maior parte desses casos (11.238 ou 81,01%), seguida da macrorregião de Porto Velho (2.481 ou 18,19%). Lamentavelmente, 242 óbitos foram associados a essas internações, com maior prevalência na macrorregião de Cacoal (195).Os municípios com maiores ocorrências foram Vilhena(2200), Ji-Paraná(1417),Alta Floresta(998), Rolim de Moura (953), Pimenta Bueno(879), Cacoal(819),Espigão do Oeste(619), Ariquemes(594) e Porto Velho(483).Levando em consideração o perfil populacional, Vilhena apresentou prevalência. A média de permanência foi de 2,8 dias, com valor total de R$ 2.738.915,63 em serviços hospitalares. A faixa etária mais acometida foi indivíduos entre 60-69 anos(n=21,69%), mas houve registro para todas as idades. Dominância do sexo feminino(n=53,94%) e da cor parda(n=31,03%) dos casos, mas em 62,92% sem informação da cor.
Conclusões
A alta prevalência de internações, com destaque para o interior do estado e o município de Vilhena, é preocupante. Atinge em maior proporção mulheres, com idade entre 60 e 69 anos e autodeclarados pardos, exigindo ações urgentes. É fundamental investir em educação para a saúde, ampliar o acesso aos serviços de saúde nas regiões mais vulneráveis e fortalecer a atenção primária. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são cruciais para reduzir as internações e melhorar a qualidade de vida da população
Área
Cardiologia
Autores
NILZA ROSA TEIXEIRA, RAFAEL SARAIVA CARVALHO, MARIA ISABEL ROSA TEIXEIRA