Dados do Trabalho
Título
DIAGNÓSTICO E ABORDAGEM DAS ANOMALIAS CARDÍACAS INTRAUTERINAS AVANÇOS E PRÁTICAS EM CARDIOLOGIA FETAL
Introdução e/ou fundamentos
O coração humano forma-se durante a embriogênese, dependente de células progenitoras especializadas e sinais moleculares que guiam a organização do tecido cardíaco. A formação ocorre quando um único tubo transforma-se em um coração septado com câmaras, válvulas, veias e artérias. Desse modo, para garantir a sobrevivência o feto possui adaptações cardiovasculares estruturais, fisiológicas e funcionais. Todavia, anomalias cardíacas impedem uma transição fisiológica da vida intrauterina. Avanços em cardiologia fetal possibilitam diagnósticos e intervenções precoces, melhorando os desfechos de saúde fetal.
Objetivo(s)
Analisar a incidência de anomalias cardíacas fetais no Brasil entre 2018 e 2023, demonstrando a importância do diagnóstico precoce e manejo adequado.
Métodos
Análise da incidência de anomalias cardíacas fetais no Brasil entre os anos de 2018 a 2023. Os dados foram coletados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e Sistema de Informação e Agravos de Notificação (SINAN), considerando variável-chave idade gestacional.
Resultados
No Brasil entre os anos de 2018 a 2023 tiveram 16.344.340 casos de anomalia ou defeito congênito em nascidos vivos, sendo que 2.069 casos representam casos de malformações congênitas, seja nas câmaras e comunicações cardíacas, malformações dos septos cardíacos, dextrocardia ou levocardia. Dessa forma, demonstra-se a relevância do diagnóstico sistemático e precoce das anomalias cardíacas fetais, de forma que haja uma redução da morbimortalidade infantil, para isso é fundamental que sejam utilizadas as ferramentas corretas, uma vez que existem contrariedade em muitos resultados de ultrassonografia obstétrica para detecção das anomalias cardíacas, o que demonstra a necessidade da ecocardiografia fetal que possui boas taxas de sensibilidade e especificidade.Diante disso, o conhecimento da história clínica e fatores de risco possibilitam um olhar atento, e se necessário, um diagnóstico rápido, o que garante intervenções em tempo adequado, evitando sequelas e agravos na vida do neonato. Desse modo, é necessário que o profissional esteja atento às indicações para o ecocardiograma fetal (ECO), de acordo com o risco absoluto.
Conclusões
Os dados apontam a importância da identificação dos sinais de risco apresentados pela gestante no pré-natal para a detecção de anomalias cardíacas fetais, reforçando a relevância da ultrassonografia morfológica fetal e do ECO, para um manejo adequado dessas gestações.
Área
Cardiologia
Autores
Alana Rebeca Gonçalves Machado, Aline de Castro das Neves, Grazielle Coelho Costa, Cristiely Alves Oliveira