IX Congresso Rondoniense de Cardiologia, 14º Simpósio Hipertensão Arterial Sistêmica e 1º Simpósio Multidisciplinar de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

A Importância do Conhecimento Sobre Suporte Básico de Vida por Acadêmicos de Medicina de Rondônia

Introdução e/ou fundamentos

A parada cardiorrespiratória (PCR) fora do ambiente hospitalar é uma das principais causas de morte em todo o mundo, cuja incidência é de 67 a 170 casos por 100.000 habitantes. O conhecimento do Suporte Básico de Vida (SBV) constitui uma competência técnica essencial para o atendimento imediato em situações de PCR, inclusive por aqueles que ainda estão em formação acadêmica. O domínio da técnica impacta diretamente no aumento das taxas de sobrevida e na qualidade do atendimento, sendo primordial a prática e o treinamento regular do SBV durante a graduação como ferramenta de consolidação do aprendizado, aumentando a autoconfiança dos futuros profissionais para atuarem com segurança e eficiência.

Objetivo(s)

O presente estudo visa analisar o nível de conhecimento em SBV entre os universitários de medicina de Rondônia, identificando a importância de um ensino prático e atualizado para a formação de habilidades essenciais na área da saúde.

Métodos

Trata-se de um estudo de campo exploratório com abordagem quali-quantitativa, por meio de questionário eletrônico Google Forms com perguntas objetivas e respostas anônimas. Amostra composta por alunos de medicina, do ciclo básico ao internato, vinculados aos cursos de Porto Velho, Cacoal, Vilhena, Jaru e Ji-Paraná.

Resultados

143 participantes responderam ao questionário, sendo 62,9% (90) alunos do ciclo básico, 16,8% (24) do ciclo clínico e 20,3% (29) internos de medicina. O resultado mostrou que 96,5% (138) dos participantes já ouviram falar sobre SBV durante a graduação, enquanto apenas 3,5% (5) desconheciam o tema, sendo todos estes do ciclo básico. Em relação à taxa de compressão/ventilação na realização da ressuscitação cardiopulmonar (30 por 2), 96,5% (138) dos participantes responderam corretamente. Ademais, 99,3% (142) identificaram adequadamente a sequência de atendimento ao se reconhecer uma PCR. Em relação ao tempo para realizar a checagem do pulso (10 segundos), 82,5% (118) acertaram a resposta. Ainda assim, apenas 57,4% (81) afirmaram sentir segurança para conduzir um atendimento em SBV.

Conclusões

A maioria dos estudantes de medicina demonstrou bom conhecimento sobre SBV. Contudo, uma parcela significativa ainda se sente insegura para realizar o atendimento básico, o que ressalta a importância de se ofertar treinamentos e experiências práticas durante a graduação. Considerando a relevância do tema, espera-se que os achados deste estudo estimulem o debate, contribuindo para a disseminação do conhecimento sobre SBV na universidade e na sociedade.

Área

Cardiologia

Autores

Bruno de Souza Campos, Diego Bezerra Soares, Isabela Reis Manzoli, Thaís Souza Gonzales, Marcus Vinicius Infante, Carolina Nazif Rasul, Gabriele Ferreira da Silva, João Gabriel Alves Santos, João Luiz Barata de Brito, ⁠Caique Damasceno Sousa, Marcela de Aguiar Antônio, Renan Attilio Santos Marquiori