Dados do Trabalho
Título
HIPERTENSÃO: UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA CRÔNICO NO BRASIL, ANALISE DE 2008 A 2024
Introdução e/ou fundamentos
A hipertensão arterial, acomete milhões de indivíduos globalmente, é uma condição crônica caracterizada pela elevação persistente da pressão sanguínea. Sua etiologia complexa, que engloba fatores genéticos, hábitos de vida e comorbidades, a torna um desafio de saúde pública. O controle rigoroso da pressão arterial é imperativo para prevenir um amplo espectro de complicações cardiovasculares, cerebrovasculares e renais, que podem resultar em significativa mortalidade. A abordagem terapêutica, exige que seja individualizada e multidisciplinar, combinando modificações no estilo de vida e o uso de fármacos anti-hipertensivos.
Objetivo(s)
Estudar a morbimortalidade por hipertensão arterial e a prevalência nas internações hospitalares na rede pública de saúde brasileira, entre os anos de 2008 e 2023
Métodos
Estudo retrospectivo, descritivo e quantitativo, com utilização de dados secundários (SIH/SUS) DATASUS, pertencentes aos casos de internação por hipertensão arterial no Brasil, entre 2008 e 2023.Variáveis utilizadas região/unidade federação, sexo, idade, cor/etnia, custos e óbitos, com exclusão de variáveis que não se enquadraram nos critérios pré-estabelecidos.
Resultados
No período analisado foi verificado um total de 1.493.115 hospitalizações relacionadas a essa condição. De acordo com a distribuição geográfica das internações temos as Regiões: Nordeste concentrou o maior número de casos (547.422), seguida pela Sudeste (475.095), Sul (184.697), Centro-Oeste (121.698) e Norte (164.203).Revelando um pico de internações nos primeiros anos do período analisado, com os maiores números ocorrendo em 2008 (141.252), 2009 (139.433) e 2010 (131.809). A partir de então, houve uma tendência de redução, com o menor número de internações registrado em 2023 (58.909). Embora tenha havido uma redução nas internações é importante destacar que foram registrados 26.384 óbitos associados a essa condição. 0s custos totais com serviços hospitalares foram de R$ 519.225.280,31, com média de 4,3 dias .Houve dominância do sexo feminino com 58,70% e da cor parda com 37,02%, mas em 30,02% apareceu sem identificaão da cor.
Conclusões
A análise evidencia concentração de casos na Região Nordeste, do sexo feminino com idade entre 60-69 anos e da cor parda. A redução gradual das internações a partir de 2010 é um indicativo positivo, porém a persistência de uma elevada taxa de mortalidade e os altos custos com hospitalizações reforçam a importância de intensificar as estratégias de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento eficaz.
Área
Cardiologia
Autores
Nilza Rosa Teixeira, Maria Isabel Rosa Teixeira